sábado, 27 de fevereiro de 2010

Ministro fala sobre PAC 2 e Dilma Rousseff


Veja abaixo a entrevista feita por mim ao ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República Alexandre Padilha:




O ministro de Relações Institucionais da Presidência da República, Alexandre Padilha, afirmou ontem que o Governo Federal lançará em março, possivelmente no dia 26, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2, dias antes de a ministra-chefe da Casa Civil e pré-candidata pelo PT à sucessão de Lula, Dilma Rousseff, se afastar do cargo, o que deve acontecer no final do mesmo mês. Segundo ele, o PAC 2 se transformará numa janela de investimentos para os próximos anos, sendo que a previsão é de um total de R$ 140 bilhões em investimentos por mais quatro anos. O PAC foi lançado em 28 de janeiro de 2007 e previa investimentos totais de R$ 503 bilhões até 2010.
Além de prosseguir com novos investimentos na área de infraestrutura, como energia, transporte, saneamento e habitação, o governo vai dar prioridade aos setores de ferrovias, hidrovias e, sobretudo, projetos de logística urbana para melhorar as condições das cidades brasileiras. Projetos de investimento para a exploração da camada de pré-sal também estarão no PAC 2. O governo estuda incluir um viés mais forte na área de inovação e tecnologia. Agora em março, a ministra Dilma lança o PAC 2, depois vamos ter de abril a junho o período para que os prefeitos e governos estaduais apresentem esse projetos.
Queremos garantir que esse plano de investimento que nós iniciamos no governo do presidente Lula tenha manutenção por muitos anos. Independente de quem venha a ser o presidente, ou a presidenta, disse.
O ministro lembrou que o governo, no início do PAC, teve dificuldades com a falta de projetos, o que retardou o programa. Segundo ele, verba há, mas falta projetos e muitos que foram ou são apresentados apresentam falhas. Prefeitos, independente da sigla partidária, querem recursos do Governo Federal? Então, preparem projetos e nos apresentem, que eles (os recursos) virão. Cabe às Prefeituras e Estados começarem se organizar. A de Votorantim, por exemplo, tem uma secretaria especial só para projetos, alertou o ministro.


Dilma em Sorocaba


A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, pré-candidata à presidência da República oficializada pelo Partido dos Trabalhadores (PT), virá a Sorocaba, junto com o presidente Lula, na inauguração do complexo industrial da Case New Holland, empresa do Grupo Fiat, na próxima terça-feira. Embora não seja considerada campanha eleitoral - por conta do período estabelecido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) -, a vinda da ministra marca para Sorocaba o início da “corrida” eleitoral, já que Dilma é a primeira pré-candidata oficializada por uma legenda.
A informação foi dada na manhã de ontem, durante entrevista exclusiva ao Cruzeiro do Sul, pelo ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais da presidência da República, Alexandre Padilha. Ele foi além e disse que o Governo Federal exercerá uma forte presença no Estado de São Paulo.
O ministro desembarcou no aeroporto de Sorocaba e seguiu para a cidade de Votorantim, onde inaugurou a estação de tratamento de esgoto “Salto de Guimarães”. Ele também rebateu as críticas feitas anteontem pelo presidente do PSDB, Sérgio Guerra, que disse que um governo do PSDB reforçaria a disciplina fiscal em relação à administração atual”: “Se for entender o que ele está falando a partir do que o PSDB fez quando governava, eu entendo como corte de investimentos sociais e corte de investimentos públicos”.
De acordo com o ministro, que tem a função de fazer as articulações políticas e manter a coesão da base, Dilma irá se afastar do cargo no final do mês de março. “O presidente pediu para que todos os ministros que vão sair para campanha fiquem até o último segundo que a lei permite. Sobretudo, porque ele já tem sinalizado que as mudanças nos Ministérios em que eles vão sair para campanha seja pautada pela continuidade das ações. Por isso, certamente o presidente vai escolher uma pessoa para substituir a ministra Dilma que hoje faz parte da Casa Civil e possa dar continuidade às ações. Mas ele não fechou o nome”, disse.
Sobre o fato de as lideranças do PT quererem maior presença de Dilma em São Paulo, o ministro foi taxativo: “O governo vai exercer uma presença forte no Estado de São Paulo. Seja com os ministros, presidentes de estatais, presidente da Caixa, secretários dos órgãos federais e deputados. Até porque tem muitas obras a serem vistoriadas ou inauguradas. A própria ministra Dilma, no período que ela permanecer no governo, até o final de março, ela vai estar presente em vários locais e certamente depois que sair do governo vai ter uma agenda intensa no país inteiro”, explicou.
Padilha elogiou o deputado Ciro Gomes (PSB-CE), ao afirmar que ele é um “companheiro valioso e queremos que esteja junto conosco”. Segundo Padilha, os líderes do PT e do PSB estão conversando e, em março, vão fazer uma avaliação conjunta da sucessão presidencial. “Eu acredito que vamos ter candidatura única da base. Essa eleição vai ser polarizada. Queremos comparar dois projetos para o país”. Já em relação ao PMDB, ressaltou que “pelo tamanho dele, vai ser não só o partido que vai estar dentro da campanha como vai ser o partido que provavelmente vai indicar o vice. A nossa base são 17 partidos da coalizão; uma base bastante ampla, que estará muito unida. Vamos (com a oposição) de um debate do quem sou eu e quem és tu”.

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