quinta-feira, 25 de março de 2010

Projeto de Lei não está pronto, mas Paço oferta cargos

Mesmo sem Projeto de Lei (PL) pronto para ser enviado à Câmara (não há data definida), tampouco uma aprovação do Legislativo, a Prefeitura de Sorocaba busca interessados em trabalhar na Controladoria Geral do Município (CGM), um cargo a ser desempenhado entre quatro e seis profissionais, com um chefe-executivo em função semelhante a de um assistente de secretário.
Segundo o Cruzeiro do Sul apurou, um funcionário da Secretaria de Administração (Sead) tem feito reuniões com pessoas ligadas ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) e oferecido propostas, com salários aproximados de R$ 6 mil. Teria pedido prazos para essas pessoas se decidirem. Uma delas trabalha em uma faculdade de administração de empresas.
Apesar das informações coletadas pela reportagem, o prefeito Vitor Lippi (PSDB) informou não haver uma definição final sobre a estrutura da CGM. Porém, disse apenas que ela deverá ser vinculada ao próprio gabinete ou à Secretaria de Governo, que vem sendo comandada pelo também titular da Sead, Rodrigo Moreno.
Não houve nomeação ainda do responsável pela Controladoria, destacou, em nota, a Secretaria de Comunicação (Secom). A Pasta informou, apenas, que a faixa salarial acompanhará cargos com responsabilidade semelhante. Ela faz parte das prioridades do governo a serem implantadas até 2012. Sua estrutura passou e ainda passa por várias discussões e análises, e o projeto será enviado à Câmara em breve, ressaltou a nota.
Questionada pelo Cruzeiro do por que as secretarias de Negócios Jurídicos (SEJ) e Finanças (SEF) não realizarem a função da CGM, sem que houvesse a necessidade de se criar uma nova pasta, com novos encargos públicos, a Secom salientou, também por meio de nota, que elas (secretarias) estão repletas de atividades, e que este controle, por sua importância, não pode ser secundário, deve ser função principal.
"Controle total dos gastos"
Em 30 de outubro de 2009, Lippi disse ao Cruzeiro, que a implementação da CGM tinha como objetivo o controle total dos gastos dos cofres públicos. O novo órgão, que ficará diretamente ligado ao prefeito, com status de assistente de secretaria, é uma das promessas do prefeito desde o final de 2008.
O órgão, segundo enfatizou Lippi na ocasião, seria formado por uma equipe de técnicos responsável por analisar, constantemente, os custos das obras, licitações e os serviços realizados pelas atuais 22 secretarias, incluindo o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) e a empresa pública Urbes - Trânsito e Transportes.

Um comentário:

  1. O termo "controle total dos gastos dos cofres públicos", utilizado pelo Sr. Prefeito é preocupante. Se somente à partir da criação da CGM haverá tal controle, quer dizer que estamos em meio a um controle "parcial" dos gastos dos cofre públicos. Lembrando que estamos no segundo mandato do Sr. Prefeito, imagino que os contratos anteriores deverão ser analizados e devidamente explicados por ele; e os atuais, engavetados até a criação e implantação da CGM. Afinal, parece que mesmo havendo duas secretarias que devem fazer o serviço, o serviço não é bem feito. Ô perigo, heim. Ou o Sr.Prefeito trabalha em marcha lenta, ou há algo estranho nessa história.

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